Planificação

Planificação

“Não existe nenhuma entidade genérica a que se possa dar o nome de o professor eficiente. A eficiência do ensino deve antes ser considerado em relação a um determinado professor, que  lida com determinados alunos, num determinado ambiente, enquanto procura alcançar determinadas metas de ensino. "(Pophan e Baker, 1976. 90)

Planificar?

Sempre que se inicia um empreendimento mais ou menos complexo, tendo em vista alcançar determinadas metas, torna-se importante fazer uma previsão da acção a ser realizada. Esta provisão servirá como fio condutor que orienta a acção.

No que se refere ao domínio da educação, esta necessidade torna-se cada vez mais importante. Planificam-se os conteúdos a leccionar ao longo de um ano lectivo, planificam-se as unidades temáticas, planificam-se as aulas, planificam-se as visitas de estudo, planificam-se as actividades de área escola, planificam-se as actividades do director de turma, planificam-se...

Devido à natureza e acção a que se refere, cada planificação tem um momento próprio para ser realizada.
Ao iniciar um ano lectivo, é importante que o professor tenha uma perspectiva abrangente sobre o processo ensino-aprendizagem a desenvolver ao longo do ano, tanto no que diz respeito especificamente à sua disciplina como, de uma forma geral, à acção das várias disciplinas consideradas como um todo na acção educativa.
Para isso, antes do início das aulas a primeira preocupação do professor deve consistir em delimitar globalmente a acção a ser empreendida ao longo de todo o ano escolar, isto é, em elaborar a planificação a longo prazo.
Antes do inicio do ano lectivo e durante o seu desenrolar, é necessário elaborar planos a médio prazo correspondentes a cada unidade de aprendizagem consideradas no plano a longo prazo.
Durante o ano lectivo e focalizando a acção que se desenrola no contexto da turma, é necessário elaborar planos a curto prazo de pequena amplitude correspondentes às acções que no dia-a-dia vão concretizar os diferentes conteúdos dos planos a médio prazo.

É de necessário salientar que o facto de se elaborar um plano é tão importante quanto é importante ser-se capaz de o pôr de lado. Uma aula deve "acontecer", ser viva e dinâmica, onde a trama complexa de inter-relacções humanas, a diversidade de interesses e características dos alunos não pretende ser um decalque do que está no papel.
Mas isto não significa de modo algum que se perca o fio condutor que existe numa planificação. Significa é que ele não pode ser rígido, mas sim flexível ao ponto de permitir ao professor inserir novos elementos, mudar de rumo, se o exigirem as necessidades e/ou interesses do momento.




Planificação apresentada no âmbito da Unidade Curricular – Ensino, Aprendizagem e avaliação II



Centro de Cultura Musical

Planificação - Aula de 03 de Janeiro 2011
Turma: 4º Ano do Ensino Básico (1º Ciclo) – EB1 Conde S. Cosme
Curso: Iniciação Musical
Disciplina: Instrumento – Flauta de Bisel
Aula: de ensino colectivo (Conjunto)
Duração: 45 min


A situação


Os alunos já aprenderam as notas sol, lá e si na flauta e na pauta, a execução das tarefas/actividades têm o objectivo de consolidar os conteúdos já aprendidos.
A nota dó Agudo será o próximo desafio na flauta, pois tem uma posição mais difícil na execução da sequência das notas.
Conteúdos


Interpretação das peças “Merrily” e “Dó,lá,sol” na Flauta de Bisel para consolidação das aprendizagens das notas sol, lá e si e aprendizagem da nota dó agudo.


Objectivos/Competências


O aluno deverá ser capaz de:
Executar a dedilhação na flauta das notas sol, lá e si.
Identificar a posição da nota sol, lá e si na pauta musical.
Executar a dedilhação na flauta da nota dó agudo.
Identificar a posição da nota dó agudo na pauta musical
Cantar a melodia.
Interpretar na flauta uma peça com as notas sol, lá, si e dó agudo.

Estratégias/Actividades de aprendizagem



Actividade 1
Para se verificar os conhecimentos já adquiridos, será feita uma revisão da posição do sol, lá e si na flauta, com o preenchimento de um desenho (no quadro) correspondente a cada nota (dedilhação). Os alunos devem executar
exercícios na flauta com as três notas por imitação.
Para os alunos com mais dificuldade será realizado exercícios mais personalizados. O professor fará exercícios individuais, por imitação incidindo nos pontos que o aluno não conseguiu concretizar.

Actividade 2
Seguidamente, é apresentada uma peça “Merrily” onde se faz a leitura das notas.
 A turma é dividida em três grupos e é atribuído a cada um uma cor que corresponde a uma nota que lhe foi atribuído. A distribuição dos alunos pelos grupos terá em conta os alunos com mais dificuldades, ao inclui-los junto de alunos mais avançados.
Finalmente, interpreta-se na flauta a peça com o acompanhamento da pandeireta.

Actividade 3
Para descobrirem qual a nota nova que vão aprender na flauta os alunos terão que responder a uma adivinha. É entregue a alguns alunos uns cartões com a adivinha e estes lêem para a turma.
Após descobrir a nota – dó agudo, preenchem no desenho no quadro da posição do dó agudo (dedilhação).

Actividade 4
Executam exercícios por imitação com a nota dó. Fazem da peça “Dó, lá, sol”: leitura do ritmo, leitura de notas, cantam as notas e tocam na flauta.
Por fim, interpretam a peça cantando a melodia intercalada com a flauta.


Recursos de aprendizagem


Para as actividades propostas são utilizados os seguintes recursos:
Actividade 1: Flauta de Bisel e quadro
Actividade 2: Flauta de Bisel, partitura “Merrily”, pandeireta
Actividade 3: Cartões e quadro
Actividade 4: Flauta e partitura “Dó, lá sol”





Avaliação da aprendizagem



A avaliação será efectuada por observação directa no decorrer da aula, tendo em conta a participação nas actividades propostas, a atitude e interesse dos alunos.
Para cada actividade será feita uma avaliação de acordo com estes parâmetros de avaliação:
1-      Desempenhou todas as tarefas propostas sem dificuldades: MB
2-      Desempenhou todas as tarefas propostas com algumas dificuldades: B
3-      Desempenhou todas as tarefas propostas com dificuldades: S

No final de cada actividade será efectuado uma avaliação do que os alunos realizaram. Cada aluno fará a sua auto- avaliação e hetero-avaliação do grupo.
Avaliação do desenvolvimento curricular realizado


Para os alunos com dificuldades na concretização das actividades propostas na aula, serão revistas as estratégias, no sentido de direccionar tarefas mais individualizadas aos alunos.
Na aprendizagem de um instrumento, como a flauta, poderá haver alunos que relevam problemas de coordenação. Quando isso acontece numa turma, é fundamental que haja uma intervenção sistemática para que o aluno não se distância da meta a ser cumprida.
Uma das tarefas a ser utilizada poderá ser a atribuição de um “monitor”, isto é, um colega, que terá a tarefa de lhes ajudar na execução das peças.



Professora: Ilda Maria Correia Moreira